10 mitos da contracepção

Atualmente os métodos anticoncepcionais vêm em constante evolução. Fazem parte da rotina da mulher moderna. E além de ajudá-las no controle reprodutivo, contribuem na melhora dos sintomas de dor e qualidade de vida. Mas como tudo no mundo, onde surgem falácias a respeito de coisas novas, espalhou-se mitos da contracepção.

Dentre os vários métodos se incluem – pílulas orais isoladas ou combinadas, DIUs (dispositivos intrauterino – cobre ou hormonal), transdermicos, implantes, injetáveis – sendo que cada um se enquadra em um organismo, o qual cabe ao médico especialista no assunto estar orientando e prescrevendo.

Veja abaixo os 10 mitos da contracepção que separei para serem melhor explicados:

1. O uso prolongado de pílula pode atrapalhar sua fertilidade?

Considerado o maior mito entre a população. O uso por si só, independente do tempo, não gera influência sobre sua fertilidade futura.

O que pode gerar dúvidas é que às vezes os motivos por que uma mulher começa a tomar a pílula – como ciclos erráticos ou desequilíbrio hormonal – são a verdadeira razão para problemas de fertilidade e a mulher pode vir a apresentar novamente essas situações após interromper o uso do hormônio.

Sem se esquecer que a fertilidade feminina diminui com a idade, independentemente do controle de natalidade usado, então avaliar idade da paciente e dosagens hormonais faz parte do acompanhamento ginecológico.

2. Optar por não menstruar, pode ser perigoso?

Mulher moderna não menstrua!

A crença existente é que quem não está menstruando acaba ficando com sangue guardado no organismo. Mas pular menstruações não significa que você tenha um acúmulo de sangue em seu útero.

O que ocorre é a presença de hormônios que mantém o revestimento do útero fino e então não ocorre acúmulo de material.

Seja qual for o método, bloquear a menstruação não influencia no controle hormonal natural.

Para aquelas pacientes que se sentem melhor e mais “seguras” com a menstruação mensal, ótimo.

3. Pílula engorda?

Assunto muito comentado diariamente em diferentes grupos de faixa etária ou paridade. Não podemos realmente fazer relações gerais sobre a pílula e o ganho de peso, pois é rotineiro o início do uso na adolescência, início de vida sexual e fase de mudança do corpo feminino, por exemplo, algumas mulheres iniciam o uso e ganham peso simplesmente porque seus corpos estão crescendo.

Outras começam a tomar pílula logo antes da faculdade e ganham peso devido às mudanças de estilo de vida, como o aumento do consumo de álcool e alimentação desregrada.

Mas não podemos perder o controle e dizer que isso não pode acontecer. Pode sim devido aos efeitos hormonais, o acompanhamento com especialista é fundamental.

4. A pílula do dia seguinte causa aborto?

A pílula do dia seguinte é algo completamente diferente, mas a dúvida é constante. Pacientes com essa crença se sentem culpadas ou são julgados com o uso da pílula do dia seguinte. “A contracepção de emergência vai apenas prevenir a gravidez, mas não causar um aborto”. Lembrando que você não pode ter ovulado.

Isso porque – como observado anteriormente – ela visa os ovários, impedindo que eles liberem um óvulo. Não aborta os óvulos fertilizados, zigoto ou ovo.

5. Pílula do dia seguinte é 100% confiável?

Considerado o método de contracepção de emergência mais famoso, funciona retardando a ovulação ou a liberação de um óvulo do ovário, visto que para que haja fecundação e gestação deve haver um óvulo a ser fertilizado pelo esperma após o coito.

Mas, assim como outras formas de contracepção, ela não é 100% eficaz, pois caso você já tenha ovulado a pílula do dia seguinte não vai ter ação.

6. DIUs são abortivos?

Para esclarecer, DIU significa ao pé da letra: Dispositivo Intrauterino. Existe o de cobre (não hormonal) e o hormonal (conhecido como Mirena). Os DIUs evitam que um óvulo seja fertilizado e implantado no útero. Ao contrário do que dizem, não vai destruir um ovo (fecundado).

O DIU de cobre dentro da cavidade uterina produz uma reação inflamatória, pela presença do metal (cobre), aos espermatozoides, tornando-os “inativos”, ou seja, mesmo que você ainda esteja ovulando e o esperma ainda esteja entrando no útero, quando eles passarem por essa parede de íons de cobre, se inativam.

Os DIU hormonais têm como mecanismo de ação alterar o muco da parede interna útero, porém também bloqueando a fecundação, além de que a presença do hormônio lentifica seus flagelos, impedindo que atinja o óvulo.

Portanto, vale a pena reforçar: DIUs são métodos contraceptivos, não abortivos.

7. O controle de natalidade hormonal é tóxico e não natural?

Cada caso deve ser avaliado isoladamente, dentre as indicações e contra indicações para determinado organismo. O controle de natalidade hormonal deve ser conduzido pelo ginecologista para que não seja considerado prejudicial a aquela mulher. Algumas delas não conseguem viver sem o uso da reposição hormonal, outras não toleram, além de que inúmeras precisam da prescrição para auxiliar na fertilização e gestação.

8. O DIU pode influenciar a fertilidade feminina?

Em 1970 havia um DIU comumente usado, porém fez com que aumentasse índice de Doença Inflamatória Pélvica (DIP), e por ocasionar infertilidade trouxe com o tempo uma má reputação.

Mas o DIU de hoje, já deve derrubar esse conceito de comprometer a fertilidade, pois é feito com diferentes materiais sendo muito mais seguro.

Existem grandes pesquisas para mostrar que não aumentam como também podem reduzir o risco de infecção.

9- Você não vai engravidar se usar os métodos anticoncepcionais?

Nenhum método é infalível. Existe uma mínima porcentagem de ineficácia. Por isso não podemos dizer a paciente que “tal” método é 100%. Mas é fundamental que seja usado de forma correta, seja qual for a via de administração. A gravidez ainda é possível independentemente do tipo de escolhido, o acompanhamento pelo especialista é crucial.

10. A pílula deve ser tomada todos os dias no mesmo horário?

O ideal seria se todas as mulheres conseguissem ter uma disciplina de tomar a pílula oral no mesmo horário, porém isso é difícil diante da rotina da mulher moderna.

Quando a pílula é composta por hormônios combinados (estrogênio e progesterona) é aceitável uma janela de algumas horas. Mas se a opção for a pílula somente de progesterona – às vezes chamada de mini-pílula, realmente a paciente deve tomar em horário exato todos os dias. Se você atrasar por três horas ou mais, recomendam-se outros cuidados em associação, como um preservativo, nos próximos dois dias, ou evitar o coito.

Organize-se, é ideal que o organismo entenda a administração e se adapte a ela.

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